quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pranayamas

Pranayamas – a respiração do yoga
Enquanto a respiração (prana) for irregular, a mente permanecerá instável; quando a respiração se acalmar, a mente permanecerá imóvel e o yogi conseguirá a estabilidade. Por conseguinte, deve-se controlar a respiração. Hatha yoga pradipika II. 2.

Pranayama são exercícios de respiração com o objetivo de controlar energia- prana - que permeia todas as coisas, criar um corpo saudável, aquietar a mente, trazer equilíbrio das emoções, ou você nunca ouviu falar no momento de grande irritação alguém dizer: “Respire fundo!”
A respiração é vista como um dos membros de suma importância numa filosofia tão complexa e extensa como o Yoga. É o quarto ramo do Raja Yoga de Patãnjali, que contém um caminho óctuplo, começando pela ética e subindo uma escadaria em direção a transcendência do ego e o encontro com a Realidade Suprema, ou iluminação.
Svatmarama, o autor de Hatha Yoga Pradipika, uma obra clássica do século XIV, que é um guia para a prática avançada de Hatha Yoga – dedica um capítulo inteiro a pranayamas.
Enquanto houver alento no corpo, haverá vida. Quando o alento parte advém à morte. Por isso, é necessário restringi-lo através da prática de pranayamas. Hatha Yoga Pradipika II. 3.
Na respiração temos dois caminhos para atingir o entendimento: filosófico e o entendimento da existência de Deus: a inspiração e a expiração. A inspiração é o que nos conecta ao mundo externo, a expiração é o alento que nos ensina o desapego, o deixar sair. Esses dois caminhos são chamados de pravrtti marga – caminho da criação, e nivrtti marga - caminho da renúncia. A criação encontra-se na inspiração e a renúncia na expiração. O yogi (homens) ou yogini (mulheres) treinam para adquirir equanimidade entre os dois caminhos.
Iyengar, grande mestre de yoga da atualidade, no seu livro A Arvore do Yoga, ele compara toda a filosofia do yoga com uma árvore com suas raízes, tronco, casca, galhos, folhas e frutos. Sendo assim, os pranayamas estão no posto de folhas e cada parte é imprescindível para chegarmos ao fruto.
“Como as folhas que arejam a árvore e fornecem nutrientes para que seu crescimento seja saudável, também o pranayama alimenta e areja as células, os nervos, os órgãos, a inteligência e a consciência do sistema humano. Quando estamos realizando um àsana-(postura física), só podemos entender plenamente o corpo se sincronizarmos a respiração com o movimento. Prana é energia. Ayama é criação, distribuição e manutenção.
Pranayamas é a ciência da respiração, que leva à criação, distribuição e manutenção da energia vital.” BKS Iyengar.
Respiramos automaticamente, sem nos deter que as partes dos nossos músculos respiratórios que utilizamos, os pranayamas, nos auxiliam a tomar consciência e aprender a conduzir o prana.
Cada exercício tem uma função especifica, aqui vamos detalhar alguns com seus objetivos e efeitos.
Para todos os exercícios é importante manter a coluna ereta e utilizar as narinas na inspiração (ar para dentro) e na expiração (ar para fora).
Tenha o hábito saudável de praticar Yoga diariamente.

RESPIRAÇÃO ABDOMINAL
• Sente-se ou deite-se. Mantenha a coluna ereta.
• Inspire (ar para dentro) e a barriga é projetada para fora expire (ar para fora) barriga para dentro.
• Durante o exercício não estufe a barriga, deixe-a relaxada.

RESPIRAÇÃO MÉDIA
• Este movimento deve ser feito com as costelas.
• Coloque as mãos nas costelas para que você perceba distensão das mesmas. Leve também, as mãos na parte lateral do tronco e na parte de trás.
• Inspire e movimente as costelas como uma sanfona distendendo.
• Expire, tentando perceber as costelas fechando.
RESPIRAÇÃO ALTA
• As mãos agora se posicionam nas clavículas.
• Ao inspirar, os ombros se elevam naturalmente. Esse movimento não deve ser forçado.
RESPIRAÇÃO COMPLETA
• Unir as três fases da respiração abdômen, costelas e peito.
• Inspirar e jogar a barriga para fora, expandir as costelas e inflar o peito.
• Expirar, agora ao contrario, primeiro no peito, depois costelas e abdômen.

NADHI SHODHANA
• Bloquear a narina direita com o polegar mão direita, inspirar pela narina esquerda.
• Bloquear as duas narinas e reter o ar nos pulmões.
• Abrir a narina direita e obstruir a esquerda com o dedo anelar expirar. Inspire pela narina direita, obstrua as duas, e expire pela esquerda. Sempre alternando as narinas.
• Podemos iniciar sem colocar um ritmo, treinando de 15 à 20 minutos por dia. Depois, fazer cada fase, inspiração, retenção (durante a retenção, levar o queixo ao peito) e expiração contando ate 10 segundos, de acordo com a capacidade pulmonar.
• Benefícios: equilibrar as energias sutis e purificar as nadhis (correntes energéticas).
Obs: Os Yoguins podem colocar a mão direita em Uishnu Mudrá e a esquerda em Jñana Mudrá



SOPRO HÁ (PRAVA HÁ)
• Em pé, inspire ao mesmo tempo, que eleva os braços.
• Ao soltar o ar, solte pela boca enquanto abaixa rapidamente o tronco, deixando sair o som “HÁ”. Não grite, deixe o ar sair pela pressão exercida pelo diafragma.
• Mantenha os joelhos flexionados durante o exercício para evitar machucar a região lombar.
• Indicações: elimina impurezas e o ar residual dos pulmões.
Obs: Preste bastante atenção para não forçar a garganta para emitir o som.

KAPALABHATI
• Inspire naturalmente utilizando respiração completa e expire rapidamente expulsando o ar dos pulmões com a força do abdômen.
• Repetir varias vezes ( 30 ou 40 expirações)
• Inspirar profundamente e reter o ar nos pulmões. (Kumbaka, com as narinas bloqueadas e o queixo no peito como no Nadhi Shodhana).

PRANAYAMAS

RESPIRAÇÃO DE LIMPEZA
• Sentado ou deitado, inspire profundamente e expire pela boca.
• Essa prática tira energia viciada no corpo e recarrega com prana.
• Purifica os meridianos, desbloqueia o plexo solar e carrega os chakras com prana.
• DURAÇÃO: 10 a 20 min.
RESPIRAÇAO DE RECARGA
• Afaste as pernas na linha dos ombros e respire de forma curta e rápida pelo nariz, deixando o corpo sacudir junto com o ar que entra e sai.
• Essa respiração, ativa os chakras e a kundalini, aumenta a irrigação do sangue e ativa a memória.
• Aumenta a vitalidade e limpa as fossas nasais.
• DURAÇÃO: 3 a 5 min.

RESPIRAÇÃO DOS CHAKRAS
• Inspire pelo nariz e expire pela boca, visualizando cada chakra com sua cor.
• Faça 7 respirações para cada chakra, seguindo a ordem do básico ao coronário, começando com vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, branco e violeta.
• Trabalha com a elevação da energia kundalini, ativando todos os chakras.
• DURAÇÃO; 20 a 40 min,

RESPIRAÇÃO SURYA
• Obstrua a narina esquerda, inspire e expire só pela narina direita.
• Ativa o hemisfério esquerdo do cérebro e esquenta o corpo.
• DURAÇÃO: 7 inspirações e expirações profundas.
Obs: Utilizar a mão direita para fechar a narina. Os Yogins devem utilizar os mudrás, assim como no nadi shodhana.

RESPIRAÇÃO CHANDRA
• Obstrua a narina direita, inspire e expire pela esquerda.
• Ativa o hemisfério direito do cérebro, afeta positivamente o sistema nervoso simpático, refresca o corpo e ativa a energia shakti.
• DURAÇÃO: 7 inspirações e expirações profundas.
Obs: A mesma do surya pranayama.

Textos de Otávio Leal e Juliana Araújo (Krishna Priyah)
Humaniversidade
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Óleo de coco orgânico virgem

ÓLEO DE COCO VIRGEM ORGÂNICO PODE REDUZIR GORDURA ABDOMINAL
EFEITOS TERMOGÊNICOS:

Os benefícios associados ao consumo do “óleo de coco” são reconhecidos e valorizados pela Medicina Ayurveda na Índia há quase três mil anos. Em sânscrito, o coqueiro é chamado de “kalpa vriksha”, que significa “árvore que fornece tudo que é necessário para a vida”.

O óleo de coco é comumente dividido em duas amplas categorias: refinado e virgem. O óleo refinado é tipicamente obtido do coco seco, chamado de copra. O óleo de coco virgem é obtido a partir de cocos frescos. Como elevadas temperaturas e solventes químicos não são empregados, o óleo virgem mantém seus fitoquímicos naturais, responsáveis pelos seus suaves sabor e aroma. Estudos recentes realizados em animais, conduzidos na Índia, comparando óleo de copra (refinado) com óleo de coco virgem, demonstraram que os animais que utilizaram óleo virgem apresentaram efeitos benéficos significantemente superiores ao do óleo de copra nos seguintes parâmetros:

• Redução dos níveis de colesterol total, fosfolipídeos e LDL-c;

• Aumento nos níveis tissulares e séricos de HDL-c;

• Efeito antitrombótico, avaliado através de dosagens de fibrina, fibrinogênio, fator V, 6-ketoPGF1α e tempo de protrombina;

• Ação antioxidante: o óleo de coco virgem promoveu redução da peroxidação lipídica tanto in vitro como in vivo.

Os autores concluíram que os antioxidantes presentes no óleo de coco virgem foram responsáveis pelas diferenças obtidas.

Propriedades Termogênicas

Em média, 2/3 dos ácidos graxos do óleo de coco são triglicerídeos de cadeia média (TCM). Após absorção intestinal, os TCM são transportados diretamente para o fígado, através do sistema porta, onde são beta-oxidados aumentando a termogênese pós-prandial8.

Um estudo realizado na Escola de Nutrição e Dietética Universidade de McGill, no Canadá, que avaliou o gasto energético e a composição corporal de 24 homens com IMC entre 25-31 kg/m2, através de calorimetria indireta e de ressonância magnética nuclear, verificou que o consumo de uma dieta rica em TCM durante 28 dias reduz a gordura abdominal em homens, possivelmente devido ao aumento do gasto energético, somado a um efeito sacietógeno. Um trabalho recente conduzido no Centro de Pesquisa de Obesidade e na Universidade de Columbia, em Nova York, avaliou a perda de peso corporal e a redução da massa gorda total e abdominal em 49 indivíduos submetidos a um programa alimentar de redução de peso, que consumiram azeite de oliva ou TCM, como parte de suas dietas. O consumo de TCM resultou em maior perda de peso e maior redução de gordura em relação ao azeite de oliva. Hormônios incluindo a colecistoquinina, peptídeo YY, peptídeo inibitório intestinal, neurotensina e polipeptídeo pancreático, têm sido propostos como agentes atuantes nos mecanismos pelos quais os TCM induzem à saciedade. Uma pesquisa realizada por Guo e colaboradores verificou que culturas de adipócitos tratados com ácido caprílico obtiveram uma inativação do PPAR- (receptor gama ativado por proliferador de peroxissomos) o que pode contribuir para a downregulation de genes lipogênicos dos adipócitos. Alguns autores também propõem que a administração de TCM possa modular a ação da grelina, indicando um outro efeito metabólico importante no combate à redução de peso corporal. A quantidade de TCM empregada nesses estudos varia desde 10g/dia até 48g/dia.

O óleo de coco virgem pode ser utilizado como tempero de saladas, adicionado a “shakes”, misturado em granola, iogurte, salada de frutas, etc. Pode também substituir os outros óleos utilizados na cozinha ou ser empregado em qualquer outro preparo culinário idealizado pelo consumidor. Pode-se também, tomar direto da colher, após as refeições.

Idealmente, o óleo de coco deve ser comprovadamente virgem e preferencialmente orgânico. O termo “óleo de coco virgem” é utilizado pela Comunidade do Coco da Ásia e do Pacífico (APCC) e pela Autoridade Filipina do Coco, órgão do Ministério da Agricultura das Filipinas.

1. BRUCE, F. The Coconut Oil Miracle. New York: Avery, 2004.

2. KABARA, J.J. Health oils from the tree of life. Disponível em .

3. NEVIN, K.G.; RAJAMOHAN, T. Virgin coconut oil supplemented diet increases the antioxidant status in rats. Food Chemistry; 99(2):260-266, 2006.

4. NEVIN, K.G.; RAJAMOHAN, T. Influence of virgin coconut oil on blood coagulation factors, lipid levels and LDL oxidation in cholesterol fed Sprague–Dawley rats. e-SPEN Eur e-J Clin Nutr Metabol; 3(1): e1-e8, 2008.

5. DEPARTMENT OF AGRICULTURE. PHILIPPINE COCONUT AUTHORITY. Coconut – Tree of life. Disponível em: .

6. ST-ONGE, M.P.; ROSS, R.; PARSONS, W.D. et al. Medium-Chain Triglycerides Increase Energy Expenditure and Decrease Adiposity in Overweight Men. Obes Res; 11:395-402, 2003.

7. ST-ONGE, M.P.; BOSARGE, A. Weight-loss diet that includes consumption of medium-chain triacylglycerol oil leads to a greater rate of weight and fat mass loss than does olive oil. Am J Clin Nutr; 87(3):621-626, 2008.

8. ST-ONGE, M.P.; JONES, P.J.H. Physiologica
10. NISHI, Y.; HIEJIMA, H.; HOSODA, H. et al. Ingested Medium-Chain Fatty Acids Are Directly Utilized for the Acyl Modification of Ghrelin. Endocrinology; 146: 2255–2264, 2005.
l effects of medium chain triglycerides: Potential agents in the prevention of obesity. J Nutr; 132:329-332, 2002.

9. GUO, W.; XIE, W.; HAN, J. Modulation of adipocyte lipogenesis by octanoate: involvement of reactive oxygen species. Nutr Metabol; 3:30, 2006.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quinoa ou quinua

QUINOA: O Grão Sagrado






A quinoa é um grão que teve seu cultivo iniciado há mais de cinco mil anos nos Andes bolivianos, assim como o milho e a batata a quinoa era base da alimentação no império Inca. Dos mais de 17 tipos diferentes deste grão é a variedade e a grande concentração de proteínas. É conhecido como "Grão Sagrado".

É encontrado em forma de flocos, grãos e farinha, em grande parte do Brasil. Dentre os benefícios do consumo, estão a prevenção de câncer de mama, osteoporose e problemas cardíacos, além da melhora da imunidade, da aprendizagem e da memória e recuperação de tecidos, entre outros.
No Brasil, os experimentos com a quinoa foram iniciados na década de 80. Um redescobrimento do grão que apesar de pouco divulgado promete em pouco tempo ser inserido e aceito na alimentação do brasileiro.
As pesquisas mostram que o Brasil possui um excelente potencial para produção do grão. Um outro estudo realizado pela EMBRAPA e o departamento de nutrição da universidade de São Paulo comparou a quinoa brasileira com a cultivada na Bolívia e concluiu que o perfil de proteínas de ambas é de 90%.
Ela é rica em vitaminas a como a B-6, B-1 e em menores quantidades as vitaminas E e C. Para se ter uma idéia, em apenas 100 gramas da quinua podemos encontrar 9,5 miligramas de ferro, 286 mg de fósforo, 112 mg de cálcio e ainda apresenta um valor entre 67 e 74 % de hidratos de carbono, essencialmente na forma de amido. Seu teor energético também é alto, em torno de 347 kcal por 100g.
O quinoa é uma espécie de irmã da soja, mas com uma concentração de ferro bastante elevada e se comparada ao nível de assimilação da soja e da carne que é de 60 % ela supera. Sendo assimilada pelo organismo em até 75%.
A absorção é tanta que ela é utilizada até alimentação dos astronautas.


Preparação com Quinoa
COMPOSIÇÃO DOS GRÃOS DE QUINUA EM RELAÇÃO A OUTROS CEREAIS (100g)

Componentes Quinoa Trigo Aveia
Calorias (Kcal) 336 330 405
Carboidrato (g) 68,3 71,6 68,5
Proteína (g) 12,1 9,2 10,6
Lipídio (g) 6,1 1,5 10,2
Água (g) 10,8 16,5 9,3
Fósforo (mg) 302 224 321
Cálcio (mg) 107 36 100
Fibras (g) 6,8 3 2,7
Cinzas (g) 2,7 1,1 1,5
Ferro (mg) 5,2 4,6 2,5
Tiamina (mg) 1,5 0,2 0
Niacina (mg) 1,2 2,8 0
Riboflavina (mg) 0,3 0,8 0
Ácido Ascórbico (mg) 1,1 0 0
Fonte: PROCISUR - ICCA, 1997 (Programa Cooperativo para el Desarrollo Tecnológico Agropecuário del
Cono Sur - Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura) www.infoagro.gov.br/index1.htm


Curiosidades!!!

Também pode se chamada de Quinua ou Quínua, como em seu país de origem (nome científico Chenopodium quinoa W.);

É importante lavar bem os grãos de Quinoa em água quente antes de consumí-los, pois a forma crua possui fatores antinutricionais que reduzem o valor biológico de suas proteínas.

Usos da Quinoa:

A Quinoa pode ser encontrada sob a forma de flocos, grãos e farinhas, além de derivados como macarrão e barras energéticas.
As formas de preparo são variadas.
Os grãos, por exemplo, podem ser incorporados em saladas, bolinhos com legumes ou cozidos da mesma forma que o arroz, podendo substituí-lo.
Flocos podem ser consumidos, principalmente, nas preparações do café da manhã, acompanhando frutas, leite e iogurtes.
Já as farinhas podem fazer parte das receitas de massas, pães, bolos e tortas.
Entretanto, sua imaginação é essencial para criar receitas e agregar esse alimento ao seu dia-a-dia da forma que achar mais agradável.

Obs:Importante é que a quinoa é isenta de glútem.É considerada o cereal do séculoXXI